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   Como vai a sua lucidez, Sr. Editor? 

Ando preocupado com a sua lucidez, Sr. Editor do Folheto-Verde! Já não chegavam os habituais assaltos a “punto de pistola”, Fiats roubados e entrevistas de rua a barcelenses atrasados para o trabalho, temos agora que gramar com um novo tipo de gordura, agora em formato de crónica…

Desde algum tempo para cá, tem vindo a ser incluída uma rubrica assinada por uma hoste intitulada Orange City. Julgo tratar-se de um grupo de miúdos que pouco, ou nada, têm para dizer e que se exprimem no conhecido formato 160 caracteres. Deve ser do hábito… será que também escrevem assim nos testes da escola? E o seu blog? Já visitou? Eu já. Deu-me vontade de chorar…

Numa outra página, são apresentadas estranhas crónicas escritas pelo moço-dos-móveis sobre um mundo que ninguém conhece, pois apenas existe na sua mente esquizofrénica, alimentada a livros pseudo-qualquer-coisa, provavelmente impingidas pelo Sr. chinó-que-agora-já-não-é-chinó. Pergunto-me se alguém alguma vez conseguiu ler para além do segundo parágrafo… O primeiro a gente lê, e pensa – deve estar a aquecer, a seguir vai dizer alguma coisa… e então, ronhónhó, ronhónhó, ronhónhó… O texto não passa de um mar de citações desconexas sem o mínimo de solidez e desprovidas de significado, em suma, sem mensagem, sem conteúdo. Reconheço isso na poesia, mas mesmo nessa existe uma mensagem emocional que pretende ser transmitida. Será que aquilo é poesia e eu não vejo?! Bem, para os aventureiros que ultrapassaram o terceiro parágrafo, recomendo uma ida ao médico da caixa. Se forem cedo, lá para as sete horas serão atendidos antes das dez.

Depois temos a velhinha que não se cansa de nos dizer que tem demasiado tempo livre para deambular pela cidade à procura de caixotes do lixo que precisam de ser polidos, de pedras carregadas de marcas de pastilhas elásticas que precisam de uma lavagem, de flores mortas nos canteiros do jardim, pedras levantadas no centro da cidade, sei lá mais o quê... Compreendo a preocupação com as pedras levantas, um dia destes tropeça numa e nunca mais se levanta, mas sejamos realistas, não haverá nada mais interessante para resolver nesta cidade? E que tal o teatro Gil Vicente que está fechado desde que eu era pequenino (e ficava lá à porta a tentar perceber porque é que a menina italiana de coroa na cabeça que eu via na televisão aparecia ali com as mamas à mostra), e que tal o museu do rio que parece abandonado antes mesmo de ser inaugurado, pois está à espera das próximas eleições para uma apoteótica aparição (ahh, isto não era para dizer!). E que tal a existência de uma escultura de um Galo de Barcelos para atrair os turistas à nossa pequena cidade… afinal de contas eles vem os estúpidos galos em todo o lado e compram-nos como recuerdos para os seus entes sem sequer saber que Barcelos existe...

Depois temos as fotografias (más) que aparecem ao longo do jornal… Para quando contratar um fotógrafo a sério para fazer o trabalho? As fotografias publicadas são hediondas, fruto de amadorismo puro.

Peço desculpa aos leitores, hoje sinto-me um ligeiramente indisciplinado…

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